05 outubro 2006

Desfile cívico

No dia 5 de setembro, apesar do tempo ruim, nossa escola participou pela primeira vez do desfile Cívico, no corredor esportivo.

Fomos pra rua mostrando que somos o futuro e que temos sonhos e esperança, mas que precisamos de chances e queremos um mundo melhor, mais solidário e fraterno.

O desfile foi um momento de muita emoção para alunos, professores, responsáveis e todos os que nos acompanharam.

Quem lê jornal sabe mais

Nossa escola foi escolhida para participar do projeto "Quem lê jornal sabe mais - Extra", promovido pelos jornais O Globo e Extra.

Desde maio a escola vêm recebendo exemplares diários do jornal, que se trabsformaram em fonte de informação e conhecimento e em objeto de estudo para melhor entendermos o mundo que nos cerca.

Bola na Rede

Em junho, a 4ª CRE organizou o concurso "A 4ª CRE com bola na rede", com o objetivo de promover a inclusão digital dos alunos, em ritmo de Copa do Mundo 2006.

A proposta foi incentivar os alunos a desenvolverem imagens com a utilização dos softwares educativos instalados nos laboratórios de informática das escolas. Naquelas onde essa estrutura ainda não existe, os estudantes puderam participar criando frases para compor, em conjunto com a imagem, a identidade visual do projeto. Concorreram 61 trabalhos e a comissão julgadora teve dificuldades para chegar a um resultado, pois considerou todos muito bons.

“Hexageeeeeera, Brasil!” foi a frase vencedora do concurso. A autora da frase é Thalia Crisóstomo Rodrigues, 8 anos, do 1º ciclo de formação da Escola Municipal Pioneiras Sociais. Junior Wagner de Oliveira, de 15 anos, na 8ª série da Escola Municipal Leonor Coelho Pereira, foi o responsável pela imagem vencedora. Juntos, os trabalhos compuseram a logomarca do projeto.

Por que essa história, se os alunos não são da nossa escola? Só pra dizer que os nossos alunos da turma de Progresão, Felipe e Igor, mesmo sem software ou computador disponível, criaram um trabalho tão bom, mas tão bom, que mereceu destaque na 4ª CRE. A frase do Igor inserida no desenho do Felipe viraram o banner da exposição permanente da Coordenadoria.

Nossos meninos estão de parabéns!!!

Semana da Alimentação Escolar


Durante a Semana da Alimentação Escolar (15 a 19 de maio), que foi promovida nas escolas do município do Rio de Janeiro, decidimos discutir a alimentação de uma forma mais ampla.

A proposta da Semana era possibilitar uma discussão sobre alimentação saudável num momento onde nos vemos cercados por e impelidos a consumir tantos produtos industrializados.

Resolvemos adicionar a essa discussão uma outra: embora hábitos alimentares mais saudáveis sejam importantes para nossa sobrevivência, não são suficientes para que tenhamos uma boa qualidade de vida.

Usamos então, como ponto de partida, a música “Comida”, do grupo Titãs. A partir da discussão da letra da música, os alunos perceberam que podemos ter fome e sede de coisas muito diferentes da comida e bebida. A partir daí, os alunos elaboraram cartazes utilizando imagens, reportagens e anúncios de jornal para responder às perguntas da música: “Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?”

Foi muito interessante perceber as “sedes” e “fomes” que apareceram nos trabalhos. Já era esperado que os alunos falassem em paz, justiça, segurança, futebol... Mas algumas respostas, como por exemplo, cultura, moradia, honestidade, amizade, estilo foram bastante surpreendentes.


04 outubro 2006

Saídas, visitas e etc

Durante o mês de maio os alunos fizeram visitas culturais à Floresta da Tijuca, Parque Chico Mendes e Maracanã.

Dessas visitas saíram os trabalhos que nos representaram na exposição "Tudo ao mesmo tempo no Rio".

Maquete da Trilha da Onça, na Floresta da Tijuca, acompanhada da história da Floresta. Trabalho feito por alunos das turmas 702 e 803.




Parque Ecológico Chico Mendes, visitado pelos alunos do E.I.






Sensações vividas pelos alunos da turma de Progressão a caminho do Maracanã.

E chegou 2006

Pra começar o ano, desenvolvemos vários trabalhos que tiveram como tema o Carnaval.

Muitas idéias, muitas direções, mas trabalhos sempre belos.


Da interpretação da música "Máscara Negra" surgiram muitas outras máscaras multicoloridas.



Da história do carnaval saíram fantasias e dicas pra cair na folia!

03 outubro 2006

Outras histórias




Aqui estamos no Laboratório de Informática da Sala de Leitura Pólo Leonel Azevedo para abertura do Blogstórias, leitura dos textos dos alunos e comentários. Foram selecionados vinte alunos, mas só compareceram cinco. Motivos? Não importam! Fico com a alegria e o interesse dos presentes.

Nossos agradecimentos à professora Beth Caldas, ao monitor Carlos e à direção desta UE que nos acolheu com carinho.

Provérbios modificados

Se conselho fosse bom era vendido em euro.

Quem espera se atrasa.

Caio de Almeida Santos – 603


A galinha do vizinho, de tão gorda, morreu.

Quem brinca com fogo está procurando encrenca.

Tamires Felix do Nascimento – 603


Faca que não corta está cega.

Quem espera, sempre chega tarde.

Rayr de Jesus Cutrim – 603


Quem está na chuva é mendigo.

De grão em grão, o chinês faz o pão.

Ariane de Almeida Moreno - 603

Sou formiga quando ajudo minha mãe no serviço de casa. Sou cigarra quando sobra tempo para mim.

Luiz Carlos Guedes Nascimento Junior – 501


Sou formiga quando ajudo minha mãe. Sou cigarra quando faço meus desenhos.

Bruno da Mata Marques - 501


Sinto-me como a formiga da contrafábula porque estudo muito e não consigo me divertir, enquanto outros não ligam para os estudos e se divertem muito. Mesmo assim, ainda acho o estudo mais importante.

Caio Almeida Vital – 703


Sou formiga porque trabalho muito. Há pessoas que nada fazem e ganham muito mais que eu, mesmo sem talento. Um exemplo: os políticos que ganham mensalão.

Artur – 703


Eu acho que tenho um pouco de formiga e de cigarra porque ajudo muito em casa e gosto de desenhar.

Jean Felipe Matos - 703

Ainda sobre poderes

A corrupção está atingindo muitas pessoas pobres. Chegou também ao futebol. Tem até juiz roubando para o outro time ganhar. Há pessoas que só ficam reclamando, mas não fazem nada. Precisamos fazer alguma coisa. Este mal está se espalhando. Quase todos os políticos são corruptos. Quando chega uma pessoa estranha perto da outra, esta fica com medo de ser roubada. Devemos denunciar os políticos ladrões, não votar nos corruptos e pensar bem na próxima eleição.

Jonathan da Silva Oliveira -701


Devemos ter consciência na hora de votar, porque é nesse momento que nós escolhemos quem vai nos representar e arcar com a responsabilidade pelo país. Passeata não comove ninguém. Temos mesmo que agir. Não podemos ficar olhando na TV esses deputados roubando o que é nosso, porque esse dinheiro que eles levam para o exterior é dos nossos impostos, pagos diariamente. É por isso que devemos ter um voto consciente porque é ele que decide se haverá ou não corrupção.

Alisson – 702


Hoje em dia comenta-se muito sobre a política aqui do Brasil. Existem algumas pessoas que querem ser melhores do que as outras e são chamadas de poderosas. Acontece que homens querem roubar milhões do dinheiro da população, deixando-a de lado, dependente, lutando pela sobrevivência. As pessoas que passam necessidades são chamadas de derrotadas, miseráveis. Quando apenas roubam um misero pão ou alimento para dar a sua família, são denunciadas e até presas na mesma hora. Os poderosos roubam milhões, mas ficam por aí vivendo na mordomia, enquanto os outros, na miséria. Nosso país passa por problemas em relação à economia, por isso o dinheiro poderia ser distribuído! Precisamos de soluções que favoreçam a população.

Filipe Souza - 802

E mais trabalhos...

Ilustração de Karina Cristina - 701

Questão Difícil

Tantos roubando, tanta propina; Não têm consciência do prejuízo? Ainda fingem que não roubam nada Escondem dinheiro dentro da mala. O mensalão, quanto ladrão! Tentam fugir do país com aquele dinheirão. E o Maluf, será outro... Está trancado agora na prisão.

Carolina Santana Celestino – 701



Ilustração de Flávio Lopes - 802

Podres Poderes

O Brasil é formado por dois grupos: um de pessoas inteligentes e gananciosas, outro de pessoas ignorantes e sem interesse por política. O voto é muito importante, pois temos o direito de escolher quem é mais capacitado para ser prefeito, governador e até presidente. Mas alguns cidadãos acham que isso é bobagem e votam em qualquer um para conseguir óculos, dentaduras e coisas deste tipo, sem ter a percepção de que, depois de eleito, o candidato “passará a mão em seu bolso”. Enquanto o pobre trabalhador passa fome, o candidato eleito está viajando, comprando helicóptero, barcos, vivendo em mansões e comendo do bom e do melhor. Agora estamos vivendo o momento “mensalão”, em que os políticos corruptos ganham bastante dinheiro roubando do povo.

Elaine – 802

Guerra Urbana

Com tanta desigualdade social, muitas pessoas entram para o tráfico de drogas. Na maioria, são pessoas pobres, porém os riquinhos não estão ficando atrás, como estamos vendo em muitas manchetes hoje em dia. Se a situação está como está, boa parte da culpa é da própria população que financia o tráfico. Com a demanda acaba ocorrendo disputa por pontos de venda de drogas. Assim ocorre o que chamamos de Guerra Urbana. Um exemplo dela é o que está ocorrendo entre a Rocinha e o Vidigal. Um tentando invadir o território do outro. Resultado: pessoas inocentes estão morrendo. Tudo isso faz com que a população, que é o lado mais numeroso, se torne o lado mais fraco. Frase de MV Bill em uma comunidade da Ilha: “A melhor arma do brasileiro é a carteira de trabalho assinada”.

Ana Sheyla - 701

Uma Fábula

Havia na rua um confronto entre policiais e bandidos. Pessoas saíam correndo assustadas, mesmo assim perguntavam: “Quem será que vai vencer, o bem ou o mal?” Logo depois mataram um policial. Daí em diante começou o ódio e a polícia matou todos os bandidos.

Moral da história: Vence o que faz o bem e perde o que faz o mal.

Suany Franco – 701

E os trabalhos de 2005...

Os textos foram lidos. Questionamentos foram feitos. Idéias foram discutidas. Foi lançada a proposta: produzir textos de gêneros e tipos diversos. Hoje começo a divulgar os resultados desse projeto.

Priscila escreveu e ilustrou sua indignação. Jaiane deu os primeiros passos pela poesia de inspiração social. Nathália filosofa em seu texto argumentativo.


Este é um político corrupto que rouba o dinheiro da população brasileira. É por isso que o Brasil está cheio de ladrões, bandidos e vendedores de drogas. Não é de gente assim que o Brasil precisa. Desse jeito o país não evolui.

Priscila da Silva Bragante – 701

Os ricos possuem tudo

Só roubando

Os pobres ficam sem nada

Só trabalhando.

Como acontece isso com os pobres?

Se eles são nobres!

O que os ricos têm

Que os pobres não podem ter?

Dinheiro sujo?

Os pobres nunca querem ver.

Jaiane Iasmim -701

Perder ou ganhar ? Eis a questão! Perder. Ganhar. Perde-se quando se ganha? Se ganha quando se perde? Quem quer perder? Quem quer ganhar? Perder, fracassar, errar, deixar de vencer. Com a perda, muito se ganha em amadurecimento pessoal. Pela lógica, uma vez que se erre, não se deveria mais cometer erros, porque se ganha experiência. Ganhar é ótimo e o único obstáculo a ser questionado é se para ganhar vale atropelar qualquer obstáculo que o impeça, mesmo que este obstáculo seja vivo! Na minha opinião isso é uma atitude desumana. Particularmente sou a favor do individualismo. Só eu quero o meu bem. Só eu construo a minha história. Eu devo sempre objetivar a vitória. Todavia atropelar os obstáculos seria deteriorar uma vitória. Perder ou ganhar é uma questão de ponto de vista. Ninguém quer perder, mas poucos ganham e isso é “natural” neste mundo, nesta vida aflita.

Nathalia Sales de Souza – 801

Trabalho e Arte

A CIGARRA E A FORMIGA

Tendo a Cigarra cantado durante todo o verão, viu-se ao chegar o inverno sem nenhuma provisão.
Foi à casa da Formiga, sua vizinha, e então lhe disse:
- Querida amiga, podia emprestar-me um grão que seja, de arroz, de farinha ou de feijão? Estou morrendo de fome.
- Faz tempo então que não come? - lhe perguntou a Formiga, avara de profissão.
- Faz.
- E o que fez a senhora, durante todo o verão?
- Eu cantei - disse a Cigarra.
- Cantou, é? Pois dança, agora!

La Fontaine


Contrafábula da cigarra e da formiga

A formiga passava a vida naquela formigação, aumentando o rendimento da sua" capita" e dizendo que estava contribuindo para o crescimento do produto nacional bruto. Na trabalhadeira do investimento, sempre consultando as cotações da bolsa, vendendo na alta ecomprando na baixa, sempre atenta aos rateios e às subscrições. Fechava contratos em Londres já com um pé no Boeing para Frankfurt ou Genebra, para verificar os dividendos de suas contas numeradas.
Mas vivia também roendo-se por dentro ao ver a cigarra,com quem estudara no ginásio, metida em shows e boates, sempre acompanhada de clientes libidinosos do Mercado Comum. E vivia a formiga a dizer por dentro:
- Ah, ah! No inverno, você há de aparecer por aqui, a mendigar o que não poupou no verão! E vai cair dura com a resposta que tenho preparada para você!
Ruminando sua terrível vingança, voltava a formiga a tesourar e entesourar investimentos e lucros, incutindo nos filhos hábitos de poupança, consultando advogados e tomando vasodilatadores.
Um dia, quando voltava de um almoço no La Tambouille com os japoneses da informática, encontrou a cigarra no shopping Iguatemi, cantarolando como de costume. "Lá vem ela dar a sua facada!" pensou a formiga. "Ah, ah, chegou a minha vez!"
Mas a cigarra aproximou-se só querendo saber como estava ela e como estavam todos no formigueiro. A formiga, remordida, preparando o terreno para sua vingança, comentou:
- A senhora andou cantando na tevê todo este verão, não foi, dona Cigarra?
- É claro! disse a cigarra. - Tenho um programa semanal.
- Agora no inverno é que vai ser mau... - continuou a formiga, com toda a maldade na voz. - A senhora não depositou nada no banco, não é?
- Não faz mal. Os meus não discos não saem das paradas. E acabei de fechar contrato com o Olympia de Paris por duzentos mil dólares...
- O quê?! - exclamou a formiga. - A senhora vai ganhar duzentos mil dólares no inverno?
- Não. Isso é só em Paris. Depois, tenho a excursão a Nova York,depois Londres, depois Amsterdam...
Aí a formiga pensou no seu trabalho, nas suas azias, na sua vida terrivelmente cansativa e nas suas ameaças de enfarte, enquanto aquela inútil da cigarra ganhava tanto, cantando e se divertindo! E perguntou:
- Quando a senhora embarca para Paris?
- Na semana que vem ...
- E pode me fazer um favor? Quando chegar a Paris, procure por um tal La Fontaine e diga-lhe que eu quero que ele vá para o raio que o parta!

Antônio A. Batista