Aposto na Educação como o caminho que leva à justiça social. Não vejo outra saída que não seja através da formação de leitores competentes, críticos e sensíveis.A leitura precisa encantar, seduzir, transcender. A palavra é poderosa, pode destruir, mas também pode salvar. É possível sentir a dor e o amor do outro, viver outras vidas, conhecer outras pessoas e mundos em cada livro que se abre. A literatura humaniza, liberta, transforma a realidade. Estamos diante de um mundo fragmentado, destituído de valores essenciais à dignidade humana. Precisamos encontrar caminhos que preservem nossa identidade cultural e garantam a formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. Ler é o caminho porque nos descobrimos e nos conhecemos através da compreensão do outro. É necessário ouvir e ler as histórias que o outro tem para contar. Sou uma leitora apaixonada e tenho me debruçado naqueles livros que venceram o tempo e continuam a interessar os leitores: os contos de fadas,as fábulas, os clássicos da literatura universal. Tais narrativas se fundamentam em "lições de vida" dadas pela sabedoria popular. São verdades humanas e não envelhecem. As grandezas e as misérias do ser humano estão ali transformadas em narrativas que seduzem e convencem porque o comportamento humano, na sua essência, não se modifica. Amor, ódio, medo, desejos, ideais, inveja, ganância, poder, opressão, esperteza, ciúme, solidariedade, são atitudes que marcam o homem. Por isso, essas histórias não só sobrevivem, mas se renovam. Ao propor, neste blog, divulgar textos de professores e alunos, não pretendo discutir as propostas pedagógicas daqueles que foram formados para atender ao sistema e que na maioria das vezes não gostam de ler, mas compartilhar minhas leituras, idéias e experiências; mostrar para o mundo que nossos alunos e professores, embora muito discriminados, têm a capacidade de transformar o caos em esperança.
(Originalmente publicado no Blogstórias por Fátima em 10/07/2005)
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