13 abril 2015

Livro Infantil (Sala de Leitura)

"Dia Nacional do Livro Infantil"    
   (18 de abril)        

LEI NO 10.402, DE 8 DE JANEIRO DE 2002.

Institui o Dia Nacional do Livro Infantil.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional do Livro Infantil, a ser comemorado, anualmente, no dia 18 de abril, data natalícia do escritor Monteiro Lobato.
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 8 de janeiro de 2002; 181o da Independência e 114o da República.



         
     

   
    
         José Bento Renato Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, interior paulista, a 18 de abril de 1882. Filho de José Bento Marcondes Lobato e Olympia Augusta Monteiro Lobato.                                           


Foi criado em sítio e alfabetizado pela mãe.           
 




     Quando fica órfão passa a ser criado pelo seu avô materno,
 José Francisco Monteiro, Visconde de Tremembé.


 

           
     Seu pai tinha uma bengala gravada com as letras ‘JBML’ por isso, em 1893, muda o nome para José Bento.






      Durante todo o seu tempo de escola sempre participa escrevendo para jornaizinhos.



    Entra para a Faculdade de Direito, no Largo de São Francisco, em 1990.

    Lobato foi um grande criador de frases, como:

   “No fundo não sou literato, sou pintor. Nasci pintor, mas como nunca peguei nos pincéis a sério, arranjei, sem nenhuma premeditação, este derivativo de literatura, e nada mais tenho feito senão pintar com palavras.” 





     “Nada de imitar seja lá quem for. ...Temos de ser nós mesmos... Ser núcleo de cometa, não cauda. Puxar fila, não seguir.”





     Participou de vários jornais paulistas: “Minarete”, de Pindamonhangaba; “O povo”, de Caçapava; “O combatente”, da cidade de SP.; “O Estado de SP”; “A tribuna”, de Santos; etc.
     Foi promotor. Quando seu avô falece, herda terras na região de Taubaté. Assume a fazenda São José do Buquira e onde passa a residir.
    Em 1914: publica o artigo “Uma velha praga”, no jornal O Estado de SP. E no mesmo ano, no mesmo jornal, publica “Os urupês”. Nascia Jeca Tatu, um personagem símbolo em sua obra literária. (P5)
    Obs: urupês= da língua tupi,significa fungo ou cogumelo.





          “O caboclo é o sombrio urupê de pau pobre... Só ele não fala, não canta, não ri, não ama. Só ele, no meio de tanta vida, não vive.”


     Em 1917: dá início a uma pioneira pesquisa de opinião sobre o saci. E reuniu as respostas dos leitores com textos de sua autoria em “O Saci-Pererê: resultado de um inquérito”, seu primeiro livro, lançado no início de 1918. 






        Mobilizado por campanhas sanitaristas, reunirá artigos no livro “Problema vital”.
       
       Em 1920: lançamento de “A menina do nariz arrebitado” com desenhos coloridos de Voltolino. Primeira obra de Monteiro Lobato para crianças. 









      “Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira _ mas já tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum”.



              Lança, em 1922, “O marquês de Rabicó” e “Fábulas”.

               “A coisa que menos me mete medo é o futuro.”   

        “Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar.








        Em 1925: adapta “Jeca Tatu” para promoção do Biotônico, iniciando as campanhas publicitárias.




               1927: nomeado adido comercial no Consulado do Brasil e vai para em Nova York.  
                 “Meu plano agora é um só: dar ferro e petróleo ao Brasil”


     Em 1931, retorna ao Brasil e encaminha ao Presidente Getúlio Vargas o “Memorial sobre o problema siderúrgico brasileiro”. Lança “Ferro”, “O pó de pirlimpimpim”, “As reinações de Narizinho”, as adaptações de Robinson Crusoé e Alice no país das maravilhas.

     Além de escrever livros para crianças e adultos, adaptou contos de Andersen, de Grimm e Lewis Carol. Também traduziu autores importantes, contribuindo para colocar o leitor brasileiro em dia com a produção literária internacional. Não se contentava em apenas traduzir; procurava torná-los claros e mais fáceis para se ler. Entre os traduzidos estão: Robinson Crusoé;  Mowgli, o menino lobo; Por quem os sinos dobram; Aventuras de Tom Sawyer; Pollyana; Moby Dick; Tarzan, o terrível; O homem invisível, entre outros. 









     Para Monteiro Lobato, um país em busca de independência econômica teria que se dedicar à produção de ferro e petróleo. O enriquecimento do país vem de baixo; vem do subsolo. Durante sua estada nos Estados Unidos, resolve sair à procura de novidade; transformar o Brasil numa nação moderna, eficiente e rica.











     No entanto, acaba preso pelo Estado Novo.





     “Depois que me vi condenado a seis meses de prisão, e posto numa cadeia com assassinos e ladrões só porque teimei demais em dar petróleo à minha terra, morri um bom pedaço na alma”.









     Em 1940, escreve ao presidente Vargas denunciando a Companhia Nacional de Petróleo de agir a favor dos ‘interesses imperialistas’; perpetuando ’nossa situação de colônia americana dos trustes internacionais’

     Em 1941, publica “A reforma da natureza” e ”O espanto das gentes”.






     É preso em janeiro de 1941 e fica incomunicável durante quatro dias. Em fevereiro do mesmo ano, o TSN o enquadra na Lei de Segurança Nacional.




       “Estou condenado a ser o Andersen desta terra, talvez da América Latina”.

     “O meio de combater uma ideia é lançar ao seu encontro uma ideia melhor...nunca no mundo uma bala matou um ideia”.






     Aos 66 anos, Monteiro Lobato falece de derrame, em quatro de julho de 1948, em São Paulo.






     Monteiro Lobato foi o autor da maior produção de literatura infantil brasileira; foi responsável por campanhas de alcance nacional em defesa do Petróleo, do Ferro e da Saúde. A obra adulta de Lobato, em sua maior parte, é resultado da reunião de textos escritos para jornais e revistas O homem que revolucionou a indústria editorial no país fixou-se na memória e no coração dos brasileiros graças ao conjunto da sua obra literária, voltada para crianças, jovens e adultos.  


     Sua frase mais famosa:

“Um país se faz com homens e livros”.



     Fonte: Folheto do ‘Projeto Memória’, sobre Monteiro Lobato, da Fundação do Banco do Brasil, edição de 1998.


Prof: Conceição.

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