"Dia Nacional do Livro Infantil"
(18 de abril)
LEI NO 10.402, DE 8 DE JANEIRO DE 2002.
Institui o Dia Nacional do Livro Infantil.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional do Livro Infantil, a ser comemorado, anualmente, no dia 18 de abril, data natalícia do escritor Monteiro Lobato.
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 8 de janeiro de 2002; 181o da Independência e 114o da República.
José
Bento Renato Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, interior paulista, a 18 de abril de 1882. Filho de José Bento Marcondes Lobato e Olympia
Augusta Monteiro Lobato.
Foi criado em sítio e alfabetizado pela mãe.
José Bento Renato Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, interior paulista, a 18 de abril de 1882. Filho de José Bento Marcondes Lobato e Olympia Augusta Monteiro Lobato.
Quando fica órfão passa a ser criado pelo
seu avô materno,
José Francisco Monteiro, Visconde de Tremembé.
Seu pai tinha uma bengala gravada com as
letras ‘JBML’ por isso, em 1893, muda o nome para José Bento.
Durante todo o seu tempo de escola sempre participa escrevendo para jornaizinhos.
Entra para a Faculdade de Direito, no Largo de São Francisco, em 1990.
Lobato foi um grande criador de frases,
como:
“No
fundo não sou literato, sou pintor. Nasci pintor, mas como nunca peguei nos
pincéis a sério, arranjei, sem nenhuma premeditação, este derivativo de literatura,
e nada mais tenho feito senão pintar com palavras.”
“Nada de imitar seja lá quem for. ...Temos
de ser nós mesmos... Ser núcleo de cometa, não cauda. Puxar fila, não seguir.”
Participou de vários
jornais paulistas: “Minarete”, de Pindamonhangaba; “O povo”, de Caçapava; “O
combatente”, da cidade de SP.; “O Estado de SP”; “A tribuna”, de Santos; etc.
Foi promotor. Quando
seu avô falece, herda terras na região de Taubaté. Assume a fazenda São José do
Buquira e onde passa a residir.
Em 1914: publica o
artigo “Uma velha praga”, no jornal O Estado de SP. E no mesmo ano, no mesmo
jornal, publica “Os urupês”. Nascia
Jeca Tatu, um personagem símbolo em sua obra literária. (P5)
Obs: urupês= da língua tupi,significa fungo
ou cogumelo.
“O
caboclo é o sombrio urupê de pau pobre... Só ele não fala, não canta, não ri,
não ama. Só ele, no meio de tanta vida, não vive.”
Em 1917: dá início a uma pioneira pesquisa de opinião sobre o saci. E reuniu as respostas dos leitores com textos de sua autoria em “O Saci-Pererê: resultado de um inquérito”, seu primeiro livro, lançado no início de 1918.
Mobilizado por
campanhas sanitaristas, reunirá artigos no livro “Problema vital”.
Em 1920: lançamento de “A menina do nariz arrebitado” com desenhos coloridos de Voltolino. Primeira obra de Monteiro Lobato para crianças.
Em 1920: lançamento de “A menina do nariz arrebitado” com desenhos coloridos de Voltolino. Primeira obra de Monteiro Lobato para crianças.
“Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo
teve início de outra maneira _ mas já tantos sonhos se realizaram que não temos
o direito de duvidar de nenhum”.
“A coisa que menos me mete medo é o
futuro.”
Em 1925: adapta “Jeca
Tatu” para promoção do Biotônico, iniciando as campanhas publicitárias.
1927: nomeado adido
comercial no Consulado do Brasil e vai para em Nova York.
“Meu plano agora é um só: dar ferro e petróleo
ao Brasil”
Em 1931, retorna ao Brasil e encaminha ao
Presidente Getúlio Vargas o “Memorial sobre o problema siderúrgico brasileiro”.
Lança “Ferro”, “O pó de pirlimpimpim”, “As
reinações de Narizinho”, as adaptações de Robinson Crusoé e Alice no país
das maravilhas.
Além de escrever livros para crianças
e adultos, adaptou contos de Andersen, de Grimm e Lewis Carol. Também traduziu
autores importantes, contribuindo para colocar o leitor brasileiro em dia com a
produção literária internacional. Não se contentava em apenas traduzir;
procurava torná-los claros e mais fáceis para se ler. Entre os traduzidos
estão: Robinson Crusoé; Mowgli, o menino
lobo; Por quem os sinos dobram; Aventuras de Tom Sawyer; Pollyana; Moby Dick;
Tarzan, o terrível; O homem invisível, entre outros.
Para Monteiro Lobato, um país em busca de
independência econômica teria que se dedicar à produção de ferro e petróleo. O
enriquecimento do país vem de baixo; vem do subsolo. Durante sua estada nos
Estados Unidos, resolve sair à procura de novidade; transformar o Brasil numa
nação moderna, eficiente e rica.
No entanto, acaba preso pelo Estado Novo.
“Depois
que me vi condenado a seis meses de prisão, e posto numa cadeia com assassinos
e ladrões só porque teimei demais em dar petróleo à minha terra, morri um bom
pedaço na alma”.
Em 1940, escreve ao presidente Vargas
denunciando a Companhia Nacional de Petróleo de agir a favor dos ‘interesses
imperialistas’; perpetuando ’nossa situação de colônia americana dos trustes internacionais’
É preso em janeiro de 1941 e fica
incomunicável durante quatro dias. Em fevereiro do mesmo ano, o TSN o enquadra
na Lei de Segurança Nacional.
“Estou
condenado a ser o Andersen desta terra, talvez da América Latina”.
“O meio de combater uma ideia é lançar ao
seu encontro uma ideia melhor...nunca no mundo uma bala matou um ideia”.
Monteiro Lobato foi o autor da maior produção de literatura infantil brasileira; foi responsável por campanhas
de alcance nacional em defesa do Petróleo, do Ferro e da Saúde. A obra adulta
de Lobato, em sua maior parte, é resultado da reunião de textos escritos para
jornais e revistas O homem que revolucionou a indústria editorial no país
fixou-se na memória e no coração dos brasileiros graças ao conjunto da sua obra
literária, voltada para crianças, jovens e adultos.
Sua
frase mais famosa:
“Um país se faz com homens e livros”.
Fonte: Folheto do ‘Projeto Memória’, sobre Monteiro Lobato, da
Fundação do Banco do Brasil, edição de 1998.
Prof: Conceição.
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